Quando foi a última vez que foi ao Castelo dos Mouros? É, pois é, com a escola, provavelmente. Enfim, sabemos que lá quer voltar um dia e talvez este seja o empurrão que lhe faltava. Uma vez dentro das muralhas, além de deslumbrado com a vista, vai reparar no Centro de Interpretação, instalado na Igreja de São Pedro de Canaferrim, onde as peças exibidas resultam de uma investigação arqueológica liderada por Maria João Sousa, com responsabilidades neste monumento desde 2018.
“Foram cinco anos de escavações intensas e foi engraçado, porque já sabíamos que aqui havia vestígios do Neolítico, sabíamos que aqui havia obviamente vestígios islâmicos, mas as escavações foram revelando outros períodos, demonstrando que não só o castelo foi ocupado durante muitos anos consecutivamente, mas também por grupos de poder, pois as peças que sobraram eram de muita qualidade.”
Maria João Sousa
Uma história entre muralhas
Castelo dos Mouros
onstruído no século X, durante a presença muçulmana na Península Ibérica, foi habitado por mouros até 1147, altura em que Sintra foi entregue
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C
a D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, na sequência das conquistas de Lisboa e Santarém. O castelo conta com duas cinturas de muralhas e tem vista para a vila, para o Paço de Sintra, para o Palácio da Pena, para a serra e toda a planície até ao oceano. Aos que ficaram intrigados com os inúmeros buracos no chão, escavados nas rochas, eis a explicação: eram os frigoríficos da época.
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Arqueóloga/Coordenadora de equipa
Além dos tritões e das bogas, residentes permanentes do Centro de Interpretação da Natureza, um bonito edifício todo envidraçado no meio da serra, encontramos Carla Ventura, licenciada em História e com um mestrado em Museologia. Com responsabilidade na área de Programação Pedagógica da Parques de Sintra explica que existem inúmeras actividades para conhecer e experienciar de uma maneira muito própria cada um dos espaços, acrescentando que o que tem mais procura são as visitas guiadas regulares e as visitas com recriação histórica em alguns dos monumentos.
“Dentro deste tipo de programação, existem ainda inúmeras ofertas que são, normalmente, formas mais lúdicas de descobrir o espaço e muitas vezes procuradas no âmbito do programa famílias ou dos programas de aniversário, especialmente para crianças e jovens.”
Carla Ventura
O recanto ideal para descobrir com os mais novos
Centro de Interpretação da Natureza
nstalado num bonito edifício envidraçado de arquitectura singular, que data de 1920 e serviu de atelier de pintura ao bisneto do 1º Visconde de Monserrate, Sir Francis
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I
Cook, o Centro de Interpretação da Natureza foi inaugurado em finais de 2019. Tem como objectivo máximo promover, através de uma abordagem inovadora, com recurso a ferramentas digitais, o contacto com a natureza, a sensibilização ambiental e o conhecimento sobre a fauna e flora presentes nos ecossistemas únicos que caracterizam a Serra de Sintra.
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Técnica Superior de Programação Pedagógica
